"O que me moveu foi mais ou menos o que me moveu a bater uma falta em 1997, quando nenhum outro goleiro brasileiro tinha feito isso. O que me move são os grandes desafios. Como em toda minha carreira, passei por todas as situações, de glórias, títulos, grandes dificuldades. Meu pai sempre diz que só erra quem decide. Quero ser julgado como treinador, não mais como jogador. E vamos tentar montar um elenco forte para o próximo ano", disse Rogério Ceni para uma sala completamente lotada por profissionais da imprensa, dirigentes e sócio-torcedores.
"Meu coração diz que se o São Paulo me chama para uma oportunidade como essa, eu jamais poderia recusar. E a profissão de técnico não se trata apenas do conhecimento do jogo, mas a gestão de pessoas também. Talvez seja a principal virtude da equipe de treinador, junto com seu presidente. E sem isso é impossível ter um bom planejamento de trabalho. Quando as partes caminham juntos, num dia a dia favorável, tudo pode acontecer de melhor", completou.
Famoso por ser avesso a entrevistas, Ceni surpreendeu nesse sentido. Com respostas longas e com um semblante sereno, o novo técnico não fugiu de nenhum questionamentos, fugiu de qualquer polêmica e fez questão de explicar de forma minuciosa como pretende trabalhar e o que espera do seu time em campo.
"Seria uma pretensão muito grande eu dizer que vou mudar alguma coisa no futebol brasileiro. Não estou trazendo novos conceitos. Tenho os meus conceitos, e as minhas ideias batem com as do Michael (Beale, novo auxiliar). Os treinamentos serão muito intensos e mais curtos, sim, porque é assim que vejo o futebol", explicou, tentando manter um discurso humilde, "de quem está chegando agora". Em cima disso, o experiente profissional de futebol evitou entrar em conflito com Renato Gaúcho, que nesta quarta, após ser campeão da Copa do Brasil, cutucou os treinadores que se dedicam em estudos fora do país.
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